O sonho sempre encantou a humanidade. Talvez por isso muitas pessoas buscam suas interpretações através de simpatias, livros, “magias” e tantas outras formas. E não adianta tentar dar uma explicação simples, pois para algo tão fantástico como o sonho, onde tudo é complexo e ao mesmo tempo fascinante, ninguém quer aceitar uma justificativa banal. Alguns dizem, inclusive, que o sonho é uma ciência e, como tal, deve ser estudado e desvendado. Mas existem aqueles que querem apenas “cair nos braços de Morfeu” depois de um fatigante dia de trabalho.
E por falar em cair, está aí um clássico escorrego mitológico, ou seja, Morfeu na verdade era o deus dos sonhos. Ele possuía a habilidade de se assemelhar a qualquer forma humana e aparecer nos sonhos das pessoas, geralmente representando a pessoa amada. Seu pai, Hypnos, eternamente adormecido no fundo de uma caverna, rodeado de canteiros de papoula (a flor de onde é extraído o ópio), é que era o deus do sono. Mas, como a expressão já estava arraigada na ocasião em que o farmacêutico alemão F.W.Setürmer isolou, em 1803, o alcalóide ativo do ópio, o mesmo foi “criativamente” batizado de morphium. Mais tarde o nome foi modificado para morfina. Qualquer semelhança não é mera coincidência!
E como disse Martin Luther King, “I Have a Dream”. Mas quem não tem? Quem sabe o nosso sonho esteja um pouco distante da mitologia grega ou mesmo dos ideais desse líder estadunidense. Contudo, isso não quer dizer que não devamos sonhar. Então que tal sonhar como o Raulzito, o nosso (querido?) Raul Seixas, que disse: “Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade”, afinal, o sonho também pode ser o início de uma grande conquista. Mas, cuidado! Quando mal conduzido, o sonho pode tornar-se uma prisão. E olha que não estou falando da caverna de Hypnos. Os sonhos que aprisionam são aqueles que nos prendem a objetivos vazios. São as buscas por algo que não vale a pena. Pessoas que não valem a pena.
Em sua melhor tradução, o sonho deve ser algo extremamente agradável. Um sonho bom, como diriam os antigos. Para isso, em geral, é necessário envolver sentimentos e, também, outras pessoas, ou uma pessoa em especial. O sonho é, portanto, mais que um desejo de realização pessoal. É uma forma coletiva de realização.
Longe de ser uma utopia, o sonho também é o caminho para as grandes realizações. Mas não basta sonhar como os que dormem. É preciso sonhar acordado e se apaixonar pelo sonho, até que este culmine em uma doce realidade. Engana-se aquele que desassocia a realidade do sonho. Não existem sonhos impossíveis. O que existem são pessoas que não acreditam o suficiente em seus objetivos (ou sonhos).
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
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